Quem depende da rede pública de saúde em Valença no baixo sul do estado, precisa ter paciência para conseguir uma consulta com Neuropsicopedagogo neuropsicólogo e Psicomotocitrista. Além da demora para receber o atendimento, os pacientes e responsáveis ainda correm o risco de se deparar com um médico que mal tem conhecimentos sobre TEA, TDAH, TOD e outros transtornos mentais. Há até alguns que descartam a possibilidade, sem nem investigá-los . E mesmo quando o diagnóstico vem, a assistência necessária pode ficar de lado.
Em Valença por exemplo, famílias relatam dificuldade para ter acesso às terapias com Neuropsicopedagoga, psicomotocitrista, Psicoterapias e outras especialidades fundamentais para que o paciente se desenvolva sem prejuízos e com mais qualidade de vida.
A redação do Click foi procurada e ouviu dezenas de mães, pais e pacientes que relataram que fazem quase 2 meses que a secretaria de saúde do município de Valença deixou de ofertar este serviço para mais de 400 pessoas.
A profissional que desempenhava esta função foi demitida na gestão anterior e não foi recontratada para dar continuidade a este serviço essencial e importante para essas pessoas que não possuem condições financeiras de pagar o tratamento no particular.
Recentemente o Click esteve com o prefeito Marcos Medrado e falou sobre essa grave denúncia que recebeu , ele ( o prefeito) garantiu que o serviço iria retornar e que já está funcionando uma boa parte na policlínica municipal com outra profissional.
Acontece que os serviços oferecidos até o momento é só para uma certa faixa etária, ( crianças na primeira idade).
Click também procurou a secretária de saúde por duas vezes na sede da secretaria, mas não a encontrou. A redação também tentou falar por telefone e por WhatsApp mas não obteve sucesso .
Mães e pais relataram que já foram até a sede da secretaria e entregaram um ofício solicitando o retorno dos atendimentos, a secretária da secretária falou que iria passar para a secretaria e que daria um retorno, mas o retorno não veio.
Muitas destas pessoas, crianças e adultos não podem permanecer sem terapias , pois todo o tratamento volta à estaca zero .
Atualmente o município de Valença encontra se em decreto de estado de calamidade financeira, que tem como objetivo a redução de gastos , porém a profissional já atende há cerca de dois anos na policlínica municipal e realizava um bom serviço, e muito bem avaliado pelos pais e até professores pelos avanços no desenvolvimento cognitivo dos pacientes. Um serviço essencial que não deveria ser interrompido pela secretaria de saúde de Valença. Cabe salientar que a profissional que desempenhava os atendimentos faz parte do quadro de funcionários efetivos do município como enfermeira o que não ocasiona aumento de despesas para o município pois há formas legal e administrativa de fazer o desvio de função, já que ela possui formação e especializações para a área.
Na cidade também, existem duas instituições que oferecem os serviços de tratamento para pessoas com TEA e outros transtornos, a APAE e a AMA porém a fila de espera é muito grande .

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