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Maria Bernadete Patrocínio, líder quilombola da comunidade de Pitanga de Palmares, no município de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador, foi executada a tiros na noite desta quinta-feira (17), após ter o terreiro de Candomblé que liderava invadido por homens armados. O crime foi denunciado por vizinhos e familiares que testemunharam a invasão.

Pelo Twitter, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, informou que determinou o imediato deslocamento das equipes do ministério até a Bahia.

O governador Jerônimo Rodrigues (PT), também se manifestou pela rede social: "Determinei que as Polícias Militar e Civil desloquem-se de imediato ao local e que sejam firmes na investigação", escreveu o chefe do executivo baiano.

O governador informou ainda que as pastas da Justiça e Direitos Humanos; Promoção da Igualdade Racial; Segurança Pública; e Assistência e Desenvolvimento Social estarão empenhados no acompanhamento do caso e no apoio necessário à família e à comunidade.

"Não permitiremos que defensores de direitos humanos sejam vítimas de violência em nosso estado", Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia.
O Ministério da Igualdade Racial confirmou a ida de uma comitiva para a Bahia, nesta sexta-feira (18), para uma reunião presencial com órgãos do estado da Bahia, para atendimento às vítimas e familiares e para garantir que seja garantida a proteção e defesa do território.

O Ministério da Igualdade Racial acusa, ainda, o racismo religioso do caso: "O ataque contra terreiros e o assassinato de lideranças religiosas de matriz africana não é pontual. Mãe Bernardete - defensora de direitos humanos, mãe de vítima de violência, política e yalorixá - tinha muitas lutas, e a luta pela liberdade e direitos para todo o povo negro e de terreiro tranversalizava todas", informa a nota.

CONAQ exige investigação

A morte de Bernardete Patrocínio foi confirmada pela Conaq (Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos), que lamentou o assassinato da sua coordenadora nacional.

"A família Conaq sente profundamente a perda de uma mulher tão sábia e de uma verdadeira liderança. Sua partida prematura é uma perda irreparável não apenas para a comunidade quilombola, mas para todo o movimento de defesa dos direitos humanos", publicou a CONAQ.

O documento cobra que o Estado brasileiro tome medidas imediatas para a proteção das lideranças do Quilombo de Pitanga de Palmares.

"É dever do Estado garantir que haja uma investigação célere e eficaz e que os responsáveis pelos crimes que têm vitimado as lideranças desse quilombo sejam devidamente responsabilizados", exige a CONAQ.



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