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 Desde a véspera de ano eleitoral, políticos que pretendem disputar cargos eletivos começaram a ‘pipocar’ em programas de rádios de muitas cidades do Brasil, alguns desses já ultilizavam as plataformas e estúdios muito antes, um plano de tentar o poder. Em Valença não é diferente. Usando estratégias como distribuir alôs , beijinhos e abraços, brindes como rádios, bicicletas e outros prêmios, tentam para ficar presente na memória dos ouvintes, futuros eleitores. 

Essa é uma pratica que também caracteriza ABUSO DO PODER MIDIÁTICO . Vejamos:  O abuso do poder midiático refere-se à utilização indevida da influência dos meios de comunicação para induzir e manipular a opinião pública, interferir na política, promover interesses particulares em detrimento do bem comum, silenciar possíveis opositores políticos. Isso pode acontecer de várias maneiras. Como exemplo:

Coberturas tendenciosas: Quando os meios de comunicação apresentam notícias e informações de uma maneira parcial e que favorece certos partidos, pessoas, ideologias ou interesses, ignorando ou minimizando perspectivas opostas e divergentes. 

Desinformação e propagação de fake news: A propagação deliberada de informações falsas ou enganosas para moldar a opinião pública ou desacreditar indivíduos, organizações ou movimentos. Além de promover a legitimação do ódio, o cancelamento de pessoas inocentes, tentativas de prejudicar a honra, e a vida política de uma pessoa. 

Sensacionalismo: A prática de enfatizar aspectos escandalosos ou chocantes das notícias para atrair audiência, muitas vezes à custa da precisão e da profundidade na reportagem. É o famoso “ EU AUMENTO MAS NÃO INVETO “ .

Concentração de propriedade dos meios de comunicação: Quando um pequeno número de empresas ou indivíduos controla uma grande parte dos meios de comunicação, isso pode levar a uma homogeneização da informação e à supressão de perspectivas alternativas. A pessoa quer dominar tudo para que só ela tenha meios de falar com seus expectadores. 

Intimidação e silenciamento de  adversários políticos : Através de litígios, pressão econômica ou assédio, os meios de comunicação podem tentar silenciar jornalistas, veículos de comunicação menores ou vozes críticas.

O abuso do poder midiático tem implicações sérias para a democracia e a sociedade. Ele pode distorcer o discurso público, influenciar indevidamente os processos eleitorais e políticos, e erodir a confiança nas instituições de mídia. Para combater esse problema, é essencial promover a diversidade e pluralidade nos meios de comunicação, fortalecer a educação midiática entre o público, garantir a transparência na propriedade dos meios de comunicação e apoiar o jornalismo independente e de qualidade. Além disso, a implementação de regulamentações que previnam a concentração excessiva de propriedade dos meios de comunicação e a criação de agências reguladoras independentes pode ajudar a salvaguardar a integridade do espaço midiático. 

 O impacto desta prática nos processos eleitorais e na configuração das representações das instituições também é significativo. O rádio e, principalmente, a televisão continuam sendo os meios de comunicação de massa de maior alcance na população. A última PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios) mostrou que 97,2% das residências possuem pelo menos um aparelho de televisão e 75,7%, um de rádio.

A esses meios de comunicação cabe o papel de dar expressão às demandas e à diversidade da sociedade em todos os seus aspectos, mas também de fiscalizar os poderes públicos e a iniciativa privada. É também por meio de uma mídia livre que se estabelece a ligação e o controle entre representantes e representados, como princípio fundamental para o ambiente democrático. Por isso, a Constituição Federal garante o direito de acesso à informação aos cidadãos e, em conjunto, a liberdade de imprensa.

Num quadro em que um meio de comunicação de massa, que possuiu uma concessão  publica, e que deveria cumprir uma função pública, é controlado por um político, que pode influenciar sobre sua linha editorial, a autonomia e independência deste veículo para exercer o controle sobre o poder público está totalmente comprometida. Ao mesmo tempo, o proprietário do veículo passa a ter o poder de filtrar e restringir informações e conteúdos a serem divulgados, na medida de seus interesses e de seus correligionários, numa prática de autopromoção.

Fica caracterizado, assim um claro desequilíbrio nos princípios de igualdade dos processos eleitorais, numa situação que pode configurar até mesmo a violação de eleições livres, com candidatos e partidos em condições totalmente desiguais de disputa. Em um ano eleitoral é muito importante que os veículos de comunicação, tvs, rádios, sites, blogs, redes sociais, aplicativos de conversas, assim como os profissionais de imprensa, tenham um comprometimento com a ética jornalística e usem seus meios para transmitir notícias verdadeiras e derrubar as fakeNews. 


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