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22 anos depois, a mãe de Lucas Terra, adolescente de 14 anos que foi estuprado e queimado vivo em 2001, desabafou nesta terça-feira, 25, dia que marca o júri de dois acusados do crime: Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva.

Marion Terra destaca os mais de 20 anos de impunidade e o abuso do tempo de espera para que a justiça seja feita. 

"São 22 anos de impunidade, de abuso do tempo de espera. Esperar para que haja o julgamento de uma criança, todos esses anos, é ferir a nossa família todos os dias. Hoje, eu sinto como se não fosse uma vitória, porque quando passa muito tempo ela perde o efeito, mas eu quero que eles sejam julgados e que tenham pena máxima", disse ela.  

A cruel morte do garoto ocorreu em março de 2001, quando flagrou dois pastores se relacionando sexualmente no tempo da Igreja Universal do Reino de Deus, localizada no bairro Rio Vermelho, Salvador. 



Violentado sexualmente, Lucas Terra foi colocado num caixote de madeira e queimado vivo. O episódio ocorreu em um terreno baldio localizado na Avenida Vasco da Gama. 


O meu filho não teve direito à defesa. Era uma criança de 14 anos, estava ali porque amava Cristo. Ele era um evangelizador, ele falava de Jesus todos os dias. Ele dizia: ‘mãe, esse bairro aqui da Santa Cruz é um poço de almas, de vidas para eu trazer para Cristo’", desabafou Marion. 




Terceiro nome

Além dos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva, um terceiro nome também foi envolvido e condenado. Se trata de Silvio Galiza, que teve a pena reduzida e encarou a liberdade condicional em 2012. Na época do crime, foi apontado como principal responsável pela morte e também foi quem denunciou os outros dois pastores. 


Ex Pastor Silvio Galiza
juri foi iniciado nesta terça-feira no Fórum Ruy Barbosa. É esperado que acabe na sexta-feira, 28. Eles são acusados de homicídio, qualificado por motivo torpe e também ocultação de cadáver. 

O QUE DIZ A DEFESA 

Em nota repercutida pelo veículo, a defesa dos pastores disse acreditar na inocência de ambos e que não existem provas ou indícios contra eles. Já a Igreja Universal do Reino de Deus disse que "está completamente convicta quanto à inocência de Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda". Eles ainda são pastores nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Quem conhece o trabalho da Igreja sabe que ela exige de todos os membros de seu corpo eclesiástico um comportamento irretocável, para que possam exercer a função missionária a eles confiada, como um verdadeiro exemplo de conduta para a comunidade onde atuam. Afastando, assim, qualquer um que tenha um comportamento contrário à fé cristã e do comportamento requerido de bispos e pastores. Contudo, em relação aos dois – ambos com quase 32 anos de ministério –, jamais foi encontrado, até aqui, comportamentos, provas ou indícios que os coloquem na cena deste crime tão brutal e lamentável.


"Não foi um crime nas ruas de Salvador. Envolve três templos da Igreja Universal: Pituba, Rio Vermelho e Santa Cruz. Como podem esses homens acharem que, em 22 anos, eles vão tirar o direito meu de julgamento? Acabou para eles. Eu tenho certeza que eles saem daqui condenados. Condenados pela sociedade baiana, que não vai deixá-los impunes", disse a mãe de Lucas Terra. 

Imagens e Fonte reprodução 

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