O presidente Jair Bolsonaro (PL) teve uma recaída na tristeza com a proximidade de sua saída dos palácios da Alvorada e do Planalto. Aliados mais próximos, que estiveram com o presidente nos últimos dias, dizem que ele estava ensaiando movimentos de saída da reclusão em que mergulhou desde o resultado das eleições de outubro, mas voltou à estaca zero.
O atual chefe do governo voltou a fazer breves aparições e discursos a apoiadores, o que indicava que ele poderia pôr um ponto final em sua reclusão. Porém, segundo informações da Folha de S.Paulo, interlocutores afirmam que a movimentação de deixar esses espaços fez com que ele percebesse que está se afastando de fato da Presidência.
Aliados dizem ainda que Bolsonaro tem cogitado se afastar da política nos três primeiros meses de 2023. O político reclama do cansaço acumulado pelo período de campanha eleitoral, além de estar deprimido e inconformado por ter sido derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, fato que ele atribui à interferência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os relatos ainda dão conta de que o presidente se animou ligeiramente durante um almoço com o governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) no início da semana. Eles afirmam que a frase de Tarcísio, de que nunca foi um bolsonarista raiz, não surgiu na conversa e não foi encarada como um problema pelo político do Partido Liberal.
Na reunião, Freitas ainda teria dito que pretende se colocar como um gestor técnico desde o começo de seu mandato, sem se envolver em brigas ideológicas.
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