Especialista explica como se comporta uma pessoa viciada nesta droga

Segundo a terapeuta ocupacional Ana Cristina Fulini, especialista em dependência química, este é um quadro que indica uma forte subordinação à droga. “É também uma pessoa que só vive dormindo e que tem transtorno de ansiedade, usando a maconha para aliviar a sensação”, explica.
Diferente do que dizem por aí, a maconha pode sim trazer uma dependência química, já que ela contém uma substância chamada THC (tetraidrocanabinol) composta por princípios intoxicantes e viciantes, que se liga aos receptores do cérebro, afetando neurônios neurotransmissores. “Ela diminui a capacidade da pessoa de aprendizado e de reflexo. Por não vir de laboratório, não existe como saber até onde irão os danos da substância”, conta a especialista.
Por causa desta dependência do uso da maconha, as pessoas que a utilizam rompem com a realidade, como se o mundo que ela vive fosse diferente do restante das pessoas. Segundo a terapeuta, isso acontece “com quem já usa há muito tempo e é muito perigoso porque, entre outras coisas, a maconha pode levar à esquizofrenia”.
E para fazer o usuário entender o quanto a droga é prejudicial para sua saúde, seu futuro e a sua relação com as pessoas, é preciso uma conversa franca e aberta com ele. “É importante fazer com que ele entenda o perigo de usar a maconha, que não é uma erva inofensiva, ainda mais hoje que é misturada com o crack e se torna ainda mais viciante. Para se livrar deste mal, é necessário medicamento, um acompanhamento de especialista e, acima de tudo, da força de vontade para deixar de usar”, esclarece Ana Cristina.
O usuário da maconha pode vir a compreender as consequências do uso por percepção própria.
A terapeuta finaliza explicando que não adianta os pais ou a pessoa mais próxima “dar injeções diárias de ânimo, broncas e discussões. Toda e qualquer atitude de tentar motivar não vai dar certo, porque a pessoa está doente. É um problema clínico e psicológico, e o tratamento é a única opção. Mesmo que o usuário não queira se tratar, é importante que alguém procure um especialista para receber orientação de como lidar e alertar a pessoa doente”, finaliza.
Fonte: Arca Universal
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